Nasce do desejo de falarmos com os irmãos das bailarinas e bailarinos. Os que não haviam chegado para dançar. Havia outras linguagens que seria preciso desvendar. A da percussão, a da carpintaria e outras. Tantos saberes e mãos, olhos e sentimento do mundo que, além de tocar e construir maravilhas, todos dançavam. Partilhavam também da profusão rítmica percussiva que se ia criando, ao tocarmos as matrizes da cultura brasileira. Por isso a dança seria sempre, para nós, um mundo múltiplo e vário. O lugar de escuta dos que diziam coisas de muitos jeitos.